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sábado, 12 de dezembro de 2009

COPENHAGUE E O FUTURO DA HUMANIDADE.

Artigo (Jornal O POVO - 12.12.2009).
Todos responsáveis
A discussão na Conferência das Nações Unidas sobre o Clima, a COP-15, gira o globo, classificando os países por suas propostas de metas. Quem reduz quanto, quem recebe para reduzir e até a redundante redução da redução. Seria utópico ignorar as condições intrínsecas de cada nação. Estão em jogo diferentes posições dos povos e dos seus dirigentes, além da diversidade de trilhas de desenvolvimento.
A proposta brasileira de 38,9% na redução de CO2, pela firme intervenção do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, demonstra a vontade política do Governo Lula em interferir de forma concreta e positiva. Transcendendo esta questão, acrescente-se o investimento de milhões em recursos para programas ambientais que criem um novo patamar de proteção e desenvolvimento para a Amazônia.
Dentro desse contexto, o Brasil apresenta metas inovadoras, que o colocam em uma posição de liderança no mundo. Frente aos 20% propostos pelos EUA, um país potencialmente mais desenvolvido, nosso País demonstra uma política responsável perante um problema que não obedecerá fronteiras de interesse econômico. Aliás, nesse diapasão da posição de vanguarda assumida pelo governo brasileiro, é bom lembrar que os dois gigantes da emissão de gases, EUA e China, somente mudaram de posição, quanto ao estabelecimento de um percentual de redução, após a posição brasileira.
As consequências geradas pelas mudanças climáticas afetarão igualmente uma comunidade da Europa, uma cidade dos EUA, uma capital da América do Sul ou um país asiático inteiro. Mais tarde ou bem cedo, como nas ilhas do Pacífico que já estão sendo engolidas pelo aumento do nível do mar. Nos dias que antecederam à abertura da COP-15, vimos no noticiário internacional uma manifestação dos moradores das Ilhas Maldivas, um dos mais belos paraísos do mundo que, ironicamente, será um dos primeiros a mergulhar nas águas dos oceanos, cada vez mais ferozes. A assertiva do presidente Lula em ir a Copenhague, acompanhado de uma comitiva com mais de 600 pessoas, entre gestores, parlamentares e técnicos, é mostrar para o mundo que o Brasil assume uma ``responsabilidade coletiva``, refletindo a consciente noção de que toda e qualquer contribuição é obrigação de todos. Basta fazer parte do planeta. O programa do Governo Federal sugere metas bem definidas, onde cada setor governamental terá que fazer sua lição de casa. Estados e municípios deverão se envolver nesta tarefa. E é essa postura que Fortaleza deve assumir. Nesse sentido, envidaremos todos os esforços para colocar a nossa cidade, a quinta capital do Brasil, numa posição de relevância ambiental quanto à seletiva do lixo, inclusive dos resíduos sólidos.
A Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Controle Urbano já propõe, entre outras coisas, a realização de um fórum de discussão das questões de emissões e reduções climáticas. A iniciativa pode ser o ponto de partida de uma consciência coletiva na sociedade fortalezense, motivando o cidadão a integrar-se ao processo. A implementação de atitudes como reaproveitamento de água ou a recomposição de matas ciliares farão a diferença no futuro e garantirão a sobrevivência das gerações futuras.
DEODATO RAMALHO Secretário Municipal do Meio Ambiente e Controle Urbano - Semam deodatoramalho@gmail.com

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